A dimensão psicológica deve, cada vez mais, ser parte integrante de um programa de redução de peso.
Juntamente com aquilo são os padrões fisiológicos que regulam o apetite, a dimensão afectiva para com os alimentos é uma variável a ter em conta nesta complexa equação.
Afinal, como saber se tenho ou não fome... se é ou não legítima... como ou não como...?
A nossa Nutricionista de serviço esclarece!
"Quantas
vezes não dizemos que ao fazer controlo alimentar passamos fome? Quantas vezes,
ao fim de semana, dizemos ou pensamos que temos fome, mas não sabemos de quê?
Quantas vezes não estamos à mesa com amigos ou em família e se por acaso nos
chamam a atenção de que estamos a comer de mais, respondemos que estamos cheios
de fome… e no final da refeição ficamos “que nem uns padres”? As situações que
aqui refiro, são todas diferentes e nem todas significam fome. Serve este artigo
para conseguirem, por vocês próprios(as), identificar as diferentes situações com
que se deparam em relação à comida e saber como actuar perante as mesmas.
A FOME,
é uma reacção fisiológica através da qual o estômago avisa o cérebro
para a necessidade de alimentação...e assim ocorrem contracções do estômago que
se vão tornando cada vez mais fortes e prolongadas...no entanto esta reacção só
aparece 8-12 horas após a última refeição.
A fome é um sinal de que as reservas de energia
de seu organismo estão a chegar ao fim, e é melhor ” reabastecer” .
Assim, fome é a necessidade física de alimento;
não é selectiva, ou seja, se estamos com fome até aquele alimento que
não gostamos mesmo, o comemos; não saímos de casa para comprar comida; não
telefonamos e esperamos que a comida nos chegue a casa; não importa o
aspecto do alimento, ou seja, os olhos não comem primeiro que a boca… se o
alimento está frio, quente, se é doce ou salgado, se tem um aspecto delicioso
ou não, não se torna importante para a nossa escolha; não é publicitado,
ou seja, não aparece nos intervalos de 20 minutos dos filmes e novelas da TV
(não vemos publicidade aos alimentos que vêm na roda dos alimentos, pois não??);
comemos o que “está à mão”; a fome dói!
O APETITE, é um desejo físico,
instintivo de comer, que está relacionado com a fome. No entanto é estimulado
por influências exteriores. A preocupação com o corpo.
O que
torna tudo ainda mais complicado é o factor cultural, meio ambiente,
factores psicológicos e comportamentais que interagem com os mecanismos
fisiológicos básicos.
Na minha opinião é influenciado essencialmente pelo
factor cultural… à mesa com os amigos e/ou família… sabemos que estamos
satisfeitos, mas vamos tendo apetite enquanto os outros não acabam de comer… é
inconsciente!!
A VONTADE DE COMER, é um estado psicológico,
afectado por influências psicológicas, como a visão, o odor a
comida e ainda por emoções, hábitos, disposições e imaginação,
não pela fome!!!
A simples vontade de comer surge quando estamos
ansiosos demais, ou sem fazer nada, ou ainda por termos visto na
padaria aqueles belos doces na prateleira. Normalmente esta vontade de
comer está ligada com alimentos muito prazerosos que quase sempre estão
proibidos na dieta, como doces. Não dizemos apetece-me alface, ou legumes!!
Assim, a vontade de comer é extremamente selectiva;
deseja alimentos específicos (o específicos aqui significa calóricos); está
ligada à frase que muitas vezes usamos..."Apetece-me comer alguma
coisa...não sei bem o quê".
Resumindo: agora que sabem o que significa cada um dos
nossos desejos em relação à comida, quando estiverem perante estas situações,
pensem se realmente têm ou passam fome aquando do controlo alimentar!
Para além do excelente serviço que a Ana presta na comunidade através da Equipa de Saúde Pública, podem acompanhá-la na rubrica intitulada "Vida Saudável" que passa na Rádio Pax todas as quartas-feiras pelas 10h15
P.S.: O nosso veterinário de serviço quis reforçar a ideia da importância da carne de bovino na saúde humana. [CLIQUE] Obg Filipe.
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