Aqui vai o resumo do TPC do mês de Maio!
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segunda-feira, 30 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
Laboratório FITsalvador: Reduzir Gordura e Aumentar Músculo, em simultâneo?
Será possível reduzir gordura e aumentar massa muscular ao mesmo
tempo?
Monitorização de uma (feminino!!!) atleta FITsalvador na temporada 2010/2011:
- Instrumentação: Tanita BC-545
- Sujeito Feminino (!), 25 anos, 1,5m
- Peso Inicial: 53,5Kg -------------> Peso Final: 52,4Kg
- Gordura Inicial: 11,0Kg ------------> Gordura Final: 9,0Kg [BF]
- Massa Isenta de Gordura Inicial: 42,5Kg -------------> Final: 43,4Kg!! [FFM]
Modelo a 2 compartimentos segundo Siri, 1961 (Massa Gorda + Massa Isenta de Gordura) |
Se as estratégias forem adequadas, porque não?
As metas a que se propõe são o resultado directo dos vossos
programas de treino e alimentares!
Ainda assim, existe uma diferença entre o treino ideal para a
redução de gordura e o treino ideal para o aumento da massa muscular, e de
igual modo para ambas as estratégias alimentares.
Numa perspetiva de balanço calórico, para aumentar massa
muscular é necessário haver um reforço extra na ingestão de calorias… é quase
impossível aumentar massa magra durante um défice calórico 24h por dia, 7 dias
por semana.
Pelo contrário, se o objectivo é reduzir gordura, é
necessário um défice calórico negativo (comer menos do que o que “queimamos”).
Como conjugar esta dicotomia?
Já lá vamos…
O treino ideal para redução de gordura consiste em exigentes
estímulos de resistência muscular (circuitos metabólicos) conjugados com treino
intervalado.
Já o treino para aumentar massa muscular é resultado do uso
de cargas muito altas, poucas repetições e mais tempo de descanso.
Novamente, como conjugar?
E se alternarmos o tipo de treino durante a semana? Talvez,
mas ficava por resolver a questão da nutrição…
E se aumentarmos a ingestão de calorias nos dias de treino
para aumentar massa muscular, e mantivermos o défice calórico nos restantes
dias?
Ou se alimentarmos os nossos músculos com ingestão exagerada
de calorias nas horas a seguir ao treino para aumentar massa muscular, quando
os músculos estão propícios a reter os nutrientes em vez de converter essas
calorias extras em gordura.
Ou se treinarmos exclusivamente para o aumento de massa
muscular durante duas semanas, seguido de uma fase intensa de redução de
gordura durante uma semana?
Há tantas maneiras diferentes de o fazer!
Qual vão escolher?
domingo, 22 de abril de 2012
Exercício e Diabetes - Sessão Prática
Foi com enorme satisfação que voltei a colaborar,
em parceria com a
LIFESCAN- Johnson&Johnson,
Lda, com a
ULSBA e a equipa multidisciplinar da consulta de Diabetes do Hospital José
Joaquim Fernandes, na
promoção do Exercício Físico para a população diabética.
Após uma primeira abordagem mais
expositiva na celebração do Dia Mundial da Diabetes (14/11), estes atletas
dirigiram-se até ao Circuito de Manutenção para uma sessão prática.
Desde a primeira hora que a
intervenção passou por refutar a palavra manutenção na abordagem do
exercício associado à patologia: não se pretende manter a condição, mas sim
progredir continuamente para melhorar a qualidade de vida, fazer face à doença
e, por ventura, minimizá-la ou até vencê-la!
Logo à partida deparámo-nos uma
confusão de conceitos associado, inevitavelmente, ao local escolhido para o
evento: Circuíto de Manutenção...
Após prévio reconhecimento do
terreno uns dias antes, foram apresentadas aos pacientes algumas alternativas
aos exercícios propostos no tal Circuito para que possam alcançar objectivos
ambiciosos e melhorias contínuas na sua performance e saúde, e não a
manutenção... sempre com segurança e sob o olhar atento dos seus "tutores
clínicos".
Assim, foi
proposto dentro do próprio trilho algumas adaptações às estações, e implementados
dois Circuitos de Força, ou como foi sugerido: Circuitos Metabólicos. Sempre
intervalados com a caminhada inerente ao percurso, que é considerada a
actividade mãe e, invariavelmente, associada como "salvadora" de todas as
comorbilidades...
Deste modo
procurou-se juntar o melhor dos dois mundos: a força e a recuperação
activa.
Etiquetas:
Diabetes,
Massa Magra,
Parceiros
Local:
7800 Beja, Portugal
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Nutrição: Calorias [Análise Conceptual]
É difícil fugir a este tema quando se fala em perder peso ou emagrecer...
Em última análise, fisiologicamente, tal só é possível se gastarmos mais energia (calorias) do que aquela que consumimos!
É comum ouvir, em contexto de ginásio, alguém dizer: "mais 10 minutos na passadeira só para o pastel de nata..."
A desinformação tem destas coisas, pois para justificar esse "mimo" seriam pelo menos 40 minutos... mais se forem mulheres!
Estratégias há muitas, mas primeiro é necessário perceber do que se trata... e quem melhor do que a nossa Nutricionista de "serviço" para nos elucidar?!
Exaustivo, mas não tive coragem de "encurtar" pois é informação imprescindível.
Por Ana Margarida Ramalho, Nutricionista da Equipa de Saúde Pública de Beja:
"Este
mês falemos de um conceito que penso que a maioria não sabe a sua definição ou
até mesmo a sua função no organismo, a não ser para dizer que “engorda”. As calorias…
alguém sabe a definição de caloria?
Segundo
o dicionário da língua Portuguesa, caloria
é:
FÍSICA
antiga unidade de medida de energia, de símbolo cal, definida como a quantidade de calor absorvida por um grama
de água destilada, quando a sua
temperatura passa de 14,5 °C
para 15,5 °C,
à pressão atmosférica normal, sendo equivalente a 4,1868 joules;
pequena caloria.
FÍSICA
unidade de medida de energia, de símbolo Cal ou Kcal, equivalente a mil
(pequenas) calorias, sendo frequentemente usada
para medir o valor energético dos alimentos;
quilocaloria,
grande caloria.
Resumindo, a
caloria é uma unidade de calor de modo a ser medida a energia libertada a
partir da digestão dos alimentos e que depois é utilizada pelo corpo.
Esclarecidas
(os)? J J Pois
bem, porque nos preocupamos tanto com as calorias se não sabemos o que fazem no
nosso organismo, se não as sabemos utilizar e muito menos o peso que têm na
aquisição dos nossos objectivos (neste caso, de perda de peso/ perda de massa
gorda/ ganho de massa muscular)?
Aquilo que podemos e devemos aprender é utilizar as calorias de
forma correcta, sabendo o valor que têm nos alimentos. Assim, retenham que os nutrientes calóricos são as proteínas, os hidratos de
carbono (açúcares simples e complexos) e as gorduras. Mais nutriente algum tem valor calórico (vitaminas, minerais, fibras), ou
seja, não nos fornecem energia.
Cada um dos nutrientes fornece quantidades diferentes de energia.
As proteínas e os hidratos de carbono
fornecem 4 Kcal por grama. A gordura
fornece-nos 9 Kcal por grama. Aqui faço um parêntesis para vos alertar
que, correntemente falando a gordura “engorda mais” que os outros nutrientes.
Um alimento menos doce tem mais valor calórico que um alimento mais doce. E um
exemplo muito simples e que todos conhecemos são o pastel de nata e o queque.
Mas eu vou-vos deixar um outro exemplo: popia com ou sem doce? Escolheriam a popia
sem doce, certo? Então vejamos: açúcar
e azeite/banha são os ingredientes principais desta iguaria. Estes nutrientes são
inversamente proporcionais quando não estão nas mesmas quantidades. Assim, se
se diminui a quantidade de açúcar obrigatoriamente se aumenta a quantidade de
gordura para que a consistência da massa fique a mesma. Agora as contas: popia com doce: 100g de açúcar+100g de
banha/ azeite. Faz-se uma regra de três simples. Assim, temos uma popia com
doce com 1300 Kcal. No caso da popia sem doce, há que aumentar a
quantidade de gordura, e normalmente para o dobro, ou seja, 200g de
banha/azeite. Ficamos com uma popia sem doce com 1800Kcal. Vêm a diferença?
Quando escolherem um alimento menos doce pensem duas vezes nos ingredientes que
tem.
Nota – devo dizer que os números que utilizei são obviamente
exagerados. Mas a diferença no valor calórico é proporcional.
-
Ler um pouco sobre o valor calórico dos alimentos,
aprender quais os alimentos mais
ricos em gorduras e açúcares (principalmente se adicionados), pois são
esses os mais calóricos, obtenha
noções dos nutrientes em geral
(além das calorias) mas não se
desgaste a controlar a sua alimentação tendo em conta as calorias.
Uma alimentação saudável vai muito
para além das calorias, e na minha experiência de consulta, quanto
mais as pessoas controlam as calorias matematicamente, menos emagrecem.
Deixem
essa contagem para o profissional que vos prepara o plano alimentar... e,
melhor ainda, sigam os vossos sinais internos de fome e saciedade, façam
uma alimentação mediterrânica, comam poucas "porcarias"...
O
nosso corpo utiliza as calorias dos alimentos, que fornecem uma fonte de
energia. Sempre que estamos a andar, correr, ou somente a respirar, o nosso
corpo queima calorias para termos energia, ou seja, cada movimento que fazemos
incluindo as funções corporais involuntárias (funcionamento dos órgãos vitais),
depende das calorias. Chama-se a este processo o metabolismo basal. É a energia
gasta em repouso. Os homens aqui são uns sortudos!!!
Um dos principais objectivos da alimentação e da actividade física
é acelerar o nosso metabolismo, ou seja, aumentar o gasto energético. O
grande problema é que a maioria das pessoas consome mais calorias do que
realmente precisa para o nível de actividade diária que realiza. Logicamente
que o organismo armazena o excesso de calorias no caso de precisar delas mais
tarde. Previne-se!!!
Logo,
o que devemos fazer é comer menos do
que realmente precisamos, mesmo que criemos um deficit calórico, que
consiste em fazer mais exercício
(utilizar mais calorias) e consumir
menos calorias, simultaneamente o nosso corpo será obrigado a ir buscar
as calorias armazenadas às células de gordura.
Primeira acção a reter: comer menos e
gastar mais!!! Mas como tudo o que é em excesso, não
exagerar. Adequar sempre a actividade física à ingestão de alimentos.
É aqui que se pratica, quanto a mim, o maior erro alimentar. Não
equilibrar as refeições. Ou se come em excesso ou por defeito (refeições
incompletas). Estes erros vão alterar o funcionamento do nosso metabolismo,
tornando-o mais lento.
E perguntam-me vocês se a origem das calorias tem alguma
importância…
Posso responder-vos SIM e NÃO.
“Não”, referindo-me ao peso, se comermos exactamente o número de
calorias que queimamos, as calorias são simplesmente unidades de medida de
energia. Assim, se comermos o que
queimamos vamos manter peso e se queimarmos mais do que comemos iremos
perdê-lo.
“Sim”, no âmbito da nutrição, os hidratos de carbono e as proteínas
são fontes mais saudáveis de calorias que as gorduras.
E com esta explicação surgem dois conceitos valor calórico e valor
nutricional.
Ao contrário da prática comum que é escolher os alimentos menos
calóricos, importa mais saber em que é que esses alimentos são calóricos. Ao
lermos um rótulo devemos ter em atenção aqueles nutrientes que devemos diminuir
na nossa alimentação. Refiro-me à gordura e ao açúcar simples. Dou-vos um exemplo: estes valores
representam o rótulo de um iogurte.
|
80 Kcal
|
60 Kcal
|
Proteína
|
50g
|
10g
|
Hidratos de carbono
|
20g
|
30g
|
Gorduras
|
10g
|
20g
|
Quando
fazemos as nossas escolhas tendemos a escolher o alimento com menos valor
calórico. No entanto, neste exemplo o produto com maior valor calórico
é aquele que tem um menor teor de açúcar e de gordura. Logo a melhor escolha
vai cair sobre o iogurte de maior valor calórico.
- Os alimentos mais
calóricos e mais passíveis de engordar são os que contém MENOS
água e MAIS gordura.
- Os que contém mais água, mais fibra, mais hidratos de
carbono e proteínas com o menor teor de gordura são as escolhas menos
calóricas. É importante de notar que nem
todas as calorias são de igual qualidade; há que saber escolher as boas calorias, pois há hidratos e hidratos... Há alimentos ricos em hidratos de boa
qualidade, tal como uma broa ou pão de mistura ou integral, uma banana,
e outros de inferior qualidade, tal
como um pãozinho branqueado, muito fofo e mole, os purés de
fruta (que levam açúcar e têm menos vitaminas, versus a fruta fresca), ou o
leite de chocolate (que com o açúcar adicionado apenas adiciona calorias
desnecessárias).
Seguem-se alguns exemplos. Comparem-nos com o pão que tanta gente
diz que engorda:
Alimento (100g)
|
Kcal
|
Gordura
|
Pão mistura (padaria)
|
270
|
1,4
|
Bolachas maria
|
436
|
12,2
|
Bolachas água e sal
|
451
|
17,8
|
Bolachas integrais (trigo)
|
446
|
15,6
|
Tostas integrais
|
364
|
5,1
|
Cereais integrais “all bran”
|
318
|
1,9
|
Cereais muesli
|
379
|
6,3
|
Fonte: tabela da composição dos alimentos – INSA.
Ainda acham que o pão engorda?!
Alimento (100g)
|
Kcal
|
Gordura
|
Bolo de arroz
|
404
|
14,8
|
Croissant
|
416
|
23,5
|
Pastel de nata
|
298
|
10,2
|
Queque
|
407
|
18,2
|
E o queque sem açúcar, ainda acham que é a melhor opção?!
Devo ressalvar que nem todos os alimentos que nos são apresentados
têm 100g. No caso dos bolos, o pastel de nata tem à volta de 50g a 70g.
Alimento (100g)
|
Kcal
|
Gordura
|
Croquete
|
317
|
18,8
|
Empada
|
373
|
21,9
|
Pastel folhado
|
416
|
26
|
Rissol
|
281
|
13,4
|
Quando forem a um café “comer qualquer coisa”, tenham atenção a
esse “qualquer” custa-vos cada pinga de suor em cada aula que o Profº André vos
dá!!! J Estes alimentos
não nos fazem volume no estomago (não dão saciedade – a gordura não dá
saciedade), logo também não nos pesam a consciência. Mas por aqui vejam se mais
vale comer uma fatia de pão ou um paposseco com conduto ou um salgadinho que é
pequeno e mal cabe na cova dum dente!!!
“Nunca
se esqueçam que todos os alimentos têm calorias excepto a água, logo quando não
gastamos o que comemos, engordamos!!
Desenvolver esta intuição é útil
e chama-se educação alimentar! Educação dá trabalho mas resulta!""
Estas e outras dicas podem ser acompanhadas na rubrica intitulada "Vida Saudável" que passa na Rádio Pax todas as quartas-feiras pelas 10h15
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7800 Beja, Portugal
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