O cromo da bola dificilmente entrará em vias de extinção... perpetuará cada vez mais refinado, estilo METRO.
Para além do pêlo (ou ausência dele), é óbvia a diferença entre os machos de bigodinho de alguns anos atrás e os machinhos de hoje, principalmente ao nível da musculatura do tronco.
Não, não são as consequências de uma antropologia onde observámos que hoje em dia os homens produzem cada vez menos testosterona e "consomem" cada vez mais estrogénio"... (http://www.fitsalvador.com/2014/11/FAT-Loss-macho-mas-nem-tanto.html)
Apesar de, possivelmente, a aposta do treino de musculação ter mais a ver com contratos publicitários do que a performance, é no rendimento desportivo que se torna indispensável.
Por André Cambim, Personal Trainer no Ritmus Health Club em Évora:
"O tema tem um papel preponderante na perfomance do jogador de futebol, o treino de musculação.
A pergunta que se coloca é a seguinte: De que forma um jogador de futebol poderá correlacionar a musculação com todas as outras vertentes que o treino envolve?
A pergunta que se coloca é a seguinte: De que forma um jogador de futebol poderá correlacionar a musculação com todas as outras vertentes que o treino envolve?
Segundo Santos e Soares (2001), "o futebol pode ser entendido como um jogo de extrema complexidade fisiológica, com ações específicas que evidenciam uma tipologia de esforço de grande diversidade e que metabolicamente revela-se de forma variada".
Este autor afirma também "que em função da natureza intermitente do seu esforço e pela ampla faixa de intensidade que o caracteriza, o futebolista deve privilegiar no seu treino aspectos distintos como força explosiva, velocidade e resistência anaeróbia".
Sargentim (2010), acredita que “o jogador de futebol não necessita da velocidade de um corredor de 100 metros, da força de um halterofilista, da flexibilidade de um bailarino, da capacidade aeróbia de um maratonista”.
Exato! O futebolista apenas e só deverá possuir um conjunto de características que o torna eficiente na modalidade que pratica! E que características necessita? Força (chutar ou sprintar), Velocidade (sprintar) e Resistência (correr).
Até aqui tudo bem... Todos nós sabemos das exigências metabólicas que o futebol exige, mas qual a influência da musculação no aumento dos índices de força explosiva, velocidade e resistência anaeróbia?
Alves (2006), para estudar esta problemática fez o seguinte estudo: Dividiu uma equipa de futebol em três grupos, sendo que o primeiro grupo participou num programa de treino de força específica de futebol, com uma frequência semanal de uma sessão de treino.
O segundo grupo executou o mesmo programa de treino com uma frequência semanal de duas sessões de treino.
Por sua vez, o terceiro grupo realizou o programa de treino habitual de futebol que havia sido implementado.
Após analisar os dados dos testes da pesquisa verificou-se que nos atletas que praticaram o programa de treino de força, uma diminuição dos tempos nos testes de velocidade e inclusive um aumento da força geral nos testes de saltos(squat jump). Com isto, o programa de treino revelou ser eficaz no aumento da força máxima e potência, além de melhorar a performance nos testes de velocidade aos 5 e aos 15 metros.
Logo é possível reter a influência do trabalho de força no desempenho das outras capacidades físicas, tais como a velocidade e potência (força explosiva).
E aquele senso comum que muitos têm que dita a diminuição da agilidade, destreza e equilíbrio?
Como forma de cientificar este mito os autores Fleck e Kraemer (2006), basearam-se também em outros estudos e chegaram à conclusão que “um programa de treino de força para desenvolver a força muscular não desequilibra a flexibilidade e ainda pode melhorar algumas amplitudes de movimento”.
No entanto, eles afirmam que "o profissional de preparação física deverá ter em atenção à elaboração do plano de treino, de forma a incluir o treino de força sem nunca esquecer do treino de flexibilidade, trabalhando sempre os dois de forma homogénea".
Finalizando...
✓ É inegável a importância e a necessidade da força aplicada ao futebol, no entanto, a musculação deverá ser planeada e dirigida de forma adequada, caso contrário poderá acarretar lesões, principalmente a nível de coluna vertebral e articulações (joelho).
✓ Durante a planificação do treino de musculação o profissional deverá ter em conta o princípio da especificidade, pois o objetivo è adequar a necessidade muscular ao desporto praticado. Neste caso, os membros inferiores terão prioridade durante as sessões de treino.
✓ O treino de musculação no dia seguinte após os jogos tem sido cada vez mais utilizado, pois permite uma maior capilarização dos músculos, fazendo com que o atleta recupere ativamente. De salientar que as intensidades deverão andar à roda dos 50% de 1RM.
✓ Por último, é visível que o comportamento dos clubes face a esta situação não é o melhor, uma vez que cada vez menos se preocupam em investir e modernizar os seus complexos desportivos.
Fica a dica
Fonte: Adaptado de http://www.efdeportes.com/
O André desenvolve o seu trabalho no Ginásio Ritmos Health Club em Évora, podem contactá-lo através dos seguintes:
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Instagram: http://instagram.com/acambim
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